O Athletico segue na Copa do Brasil…com sofrimento
Athletico 1 a 0 Avaí. O Furacão segue na Copa do Brasil. É um sossego quando o time do coração vai logo marcando um gol. O cronômetro não tinha dado um minuto, eram só 30 segundos, em uma linha de passe de Nikão e Richard, a bola sobrou para Vitinho marcar. E, um gol assim, nessa época de um controvertido Furacão, faz toda a diferença, como fez.
O futebol é tão extravagante que na Baixada foram jogados dois jogos. Um, aquele que foi o mais o importante em um torneio de resultados como é o da Copa do Brasil, o Furacão ganhou, 1 a 0. No outro jogo, que é o jogo jogado e que se torna irrelevante, o Avaí foi tão superior, que submeteu o time vermelho e preto à exaustão física para manter o resultado.
Provoco uma questão para o torcedor: é possível dissociar o jogo de resultado, aquele que o Athletico ganhou, do jogo jogado, naquele que foi dominado?
Dou a minha resposta: se essa coluna fosse escrita há 25 anos, estaria afirmando que a vitória esgota qualquer análise do jogo. Mas, agora, para quem tem objetivos mais ambiciosos como o Furacão, os dois devem ser considerados entre si. Obrigado a ir à exaustão física e ter que passar os dois minutos finais na bandeira de escanteio, prendendo a bola para suportar o domínio de um time de segunda, provoca dúvidas sobre o futuro.
É preciso considerar o núcleo que essas circunstâncias foram criando por um equívoco quase fatal do treinador Antonio Oliveira. É um desperdício escalar Jadson com o ônus de correr e marcar no meio campo.
+ Veja a tabela da Copa do Brasil
Sem ter os recursos orgânicos que tinha Lucho Gonzalez aos 39 anos, não tem mais idade para tantas obrigações. Em Caxias, jogando como “falso 9”, Jadson foi excepcional. A partir desse erro de escalação, o Furacão se tornou um time vulnerável no meio campo, escancarando a sua defesa.
Quase deu pena de Thiago Heleno. E se não tomou o gol de empate foi porque o Avaí não teve qualidade para arrematar a sua superioridade tática. Já passou meu tempo de cornetagem. Mas, bem que Antonio Oliveira deveria escalar Terans no meio e Jadson no ataque, sem Kayser.
Um gol aos 30 segundos de jogo traz sossego, é verdade. Mas, às vezes, o sofrimento no resto do jogo é maior.