Athletico x Palmeiras: esperança e ilusão
Eu ia começar esta crônica escrevendo sobre esperança e ilusão. Mas vou deixá-las para o seu final.
Tem jogo dos grandes na Baixada.
De um lado, o Athletico: literalmente, em fase de formação, cuja base titular se encerra nos meias Erick e Cittadini, sem um jogo por inteiro e com um técnico que tem aparência de interino.
Do outro, o Palmeiras: com um time de formação e estrutura antigas, com o técnico mais festejado do futebol brasileiro e que, dia desses, jogou até o título mundial contra o Chelsea.
Diante desses fatos não há como afastar o favoritismo do Palmeiras nesse jogo que começa a decidir a Recopa. As diferenças, em tese, são descomunais. Só que se trata de futebol, e o futebol, às vezes, é incapaz de combater a mais certa das teorias, ainda mais no futebol brasileiro, que já não permite mais especulações diante da falta de craques. E, quando se trata de Athletico jogando na Baixada, parece que há mil segredos a serem investigados.
Um dos atributos do Furacão é o de ser surpreendente. Quando dele pouco se espera, muito oferece. E ainda mais em um jogo com as características naturais de uma Recopa Sul-Americana, cuja principal é a de correr e marcar.
Já escrevi aqui que o Palmeiras é forte pela força e pelo preparo tático, não pela qualidade individual. Quando o favorito não vai além dessas virtudes, o jogo é bem capaz de se tornar de iguais.
Teorizar sobre o que pode o Athletico é impossível. Não por ter segredos, mas porque não se sabe o que pensa o treinador Alberto Valentim, se é que já consegue ter bons pensamentos.
Um time com Santos, Marcinho, Pedro Henrique e Abner, Erick, Cittadini, Christian, Marlos, Pablo e Rômulo poderia sugerir mais esperanças do que ilusão.