Augusto Mafuz

Athletico volta a São Januário. Será que jogará com o copo cheio?

Athletico volta a São Januário

O Athletico volta a jogar no Brasileirão, em São Januário, contra o Vasco da Gama. Se tivéssemos o direito de ter o controle sobre sentimento que provocam lembranças e apagá-las,  tratando-se do Furacão, escolheria as mais doloridas.

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Todos lembram do roteiro para ganhar o primeiro Brasileirão por pontos corridos, em 2004.  Líder do campeonato, precisando de 9 pontos, ganhando do Grêmio, já rebaixado, em Erechim, do Vasco, já desclassificado, em São Januário e do Botafogo, contra o rebaixamento na Baixada, o Athletico precisa de seus pontos. 

O roteiro de alegrias acabou sendo um roteiro fúnebre. Ganhando do Grêmio por 3×0, deixou empatar no final, 3×3. A desgraça de Erechim não seria sentida se ganhasse do Vasco, em São Januário.

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Abalado pelo fracasso em terra gaúcha, pressionado pela guerrilha de Eurico Miranda, o Athletico medrou.

Washington trocou o seu “coração valente” por coração vaidoso em busca da artilharia. E pôs-se a perder gols, causa imediata para a derrota por 1×0, e o adeus a bi. O atleticano parecia personagem da “Construção” de Chico: ”Tem dia que a gente se sente como quem partiu ou morreu”.

Por pontos corridos, nunca mais o Furacão disputou o título. 

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Sem Fernandinho, embora menino, foi um dos poucos que não tremeu naquela tarde,  o Furacão volta a São Januário. E o faz com o modo esquisito que adotou do copo meio cheio e meio vazio. Ganha nas Copas e fracassa no Brasileirão. 

+ Confira a tabela completa do Athletico no Brasileirão

Não se sabe dos seus limites nas Copas, mas se sabe que  precisa sair do desconforto da tendência negativa na classificação nacional. Lembranças, lembranças.

Das boas lembranças da vida sobre o Athletico, ninguém conta melhor do que os jornalistas André Pugliesi e Sandro Moser.  

Uma vez por semana, no Newsletter Baixada, Pugliesi e Moser fazem uma visita ao passado do Athletico, e nos trazem as histórias, algumas escondidas e esquecidas, de fatos, de ídolos, de desconhecidos e de personagem que fizeram a sua grandeza.  

São narrativas em contos, são textos curtos em torno de um enredo. São românticos, simples e metafóricos, ilustrados por fotografias surpreendentes que estavam acomodadas em gaveta e filme, alguns só agora revelados. 

A “Baixada”, uma produção independente, acessa-se por um troco de real, na  baixada.substack.com. Com ela, teremos o sentimento de que cada conto, conta um momento da história que fosses testemunhas, mas que a memória e o coração haviam arquivado.     

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