Neste sábado, contra o Maringá, a Baixada será aberta para um público diferente: por um quilo de alimento, mulheres e crianças menores de 12 anos terão à disposição os 40 mil lugares.
Um dia, quando criança, todos nós recebemos o conforto materno pelo ditado “há males que vem para o bem”, que atribuem a interpretação do apóstolo Paulo a uma mensagem bíblica.
Quem diria que um dia, o Athletico seria obrigado a abrir a monumental Baixada por R$ 7,00 o ingresso para vê-lo jogar sem discriminar a torcida pelo extrato social?
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Só mesmo uma decisão judicial que o puniu como solidário aos atos marginais de arquibancada, o faz romper o fundamentalismo financeiro que tornou cativa a torcida formada por classes privilegiadas.
Desse público especial, a maioria talvez nem preste atenção do jogo, vencida pela emoção de ter acesso pela primeira vez à Baixada coberta, que carrega todos os dias e gratuitamente no coração.
Bento, Fernandinho e Pablo, que são atleticanos de berço, devem absorver um pouco esse sentimento. E, então, no campo, o Athletico jogará com a obrigação de não tornar confusas as lembranças que esses torcedores levarão para o resto da vida.