O Athletico vence o Bragantino com um futebol energético
Em Bragança, o Athletico poderia até perder para o Bragantino por um gol de diferença, que ainda teria uma sobra para seguir em frente na Copa do Brasil. No entanto, ganhou: 3 a 2.
E se já não fosse a supremacia nos números dos dois jogos (5 a 2), nessa goleada de Bragança o Furacão surpreendeu, jogando a sua melhor partida nesse 2024.
Esse belo jogo não foi em razão capacidade técnica, que está limitada a Fernandinho. A beleza foi pelo jogo certo, baseado na consciência dos seus limites.
É verdade que, no inicio, a trave da meta de Léo Link foi generosa. Atraindo duas bolas que seriam fatais, perturbou o Bragantino. Mas um chute na trave não é questão de sorte de um e azar do outro. É de falta de qualidade.
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E como se fosse um roteiro já antecipado, logo o Furacão sairia em velocidade, a bola iria passar pelos pés de Fernandinho, e então, seria mortal.
E aconteceu: aos 19’, Fernandinho lançou Cuello que, virando o jogo para esquerda lançou Canobbio, que em um chute cruzado venceu o goleiro Cleiton, 1x0.
Por um bom tempo na etapa final, as coisas não foram diferentes. O Bragantino com a bola e o campo à sua disposição, conseguia ir até a entrada da área. Se não conseguir chutar, cruzada para a cabeça de Thiago Heleno e Kaique Rocha.
E como tinha que ser fiel ao roteiro, o Athletico sabia que, em um dado momento, teria a bola e o campo aberto para um contra-ataque. E aconteceu.
Aos 62’, Cuello conduziu a bola até a entrada da área, tocou para Gabriel na meia direita, que lançou Mastriani. Caixa, 2x0. Daí, Fernandinho, de pênalti aos 74’: 3x0.
Um pouco antes, já com Madson, Fernando, Gabriel, Gamarra e Pablo, a consciência de jogo, começou a acabar. Explicam-se aí, os dois gols de Thiago Borbas, aos 87’ e 90’ para o Bragantino.
Nada que assustasse. Apenas para quebrar a monotonia que, às vezes, a supremacia dos números provoca no futebol.
Com o Athletico é assim: uma no cravo e outra na ferradura.
Contra o Grêmio, foi sem vergonha; contra o Bragantino, foi o exemplo de caráter técnico e tático. Mas é a vida do futebol. Vive-se mais de ilusão do que de realidade.