Athletico, uma nova derrota com os velhos defeitos
O Athletico voltou a perder no Brasileirão. Agora para o Inter, em Porto Alegre, por 2 a 0. A derrota longe da Baixada, por já estar integrada à vida atleticana como rotina, é daquelas que em uma madrugada se torna um fato envelhecido.
Só não deixa de ser um fato jornalístico pelo grave vício que impregnou o time e que dele não se consegue se livrar.
Basta enfrentar um time que se movimente com inteligência e velocidade, que é o caso do Inter de Mano Menezes, para destruir o sistema conservador já quase centenário e que Felipão não transige em adotá-lo.
Entre outros princípios envelhecidos está o da marcação individual, que não é só vencida pela pelas alternância de posições que quase todos os esquemas atuais recepcionam, como esfola fisicamente qualquer time. O Athletico, que sempre foi excelência em preparo físico, entrega-se ao adversário.
O melhor analista de futebol do jornalismo brasileiro, Tostão, escrevendo na Folha de São Paulo, fez esse observação para expor algumas das suas razões pelas quais o Flamengo ganhou o título da Libertadores contra o Athletico. A expulsão de Pedro Henrique, por exemplo, também foi consequência da marcação individual.
Fora disso, o time de Felipão não tem vida, não se prepara para marcar, defender ou atacar fora ambiente conservador do técnico. O menino Vitor Roque está sendo esvaziado pelo esquema, tornando-se um jogador comum quando todos sabem que não é.
O presidente Petraglia, em quase três décadas de cartolagem, deve ter aprendido que a superação pelo discurso do comando é uma virtude de vida curta.