Augusto Mafuz

Fora da Copa do Brasil, Athletico encena a tragédia petragliana

Fora da Copa do Brasil, Athletico encena a tragédia petragliana

Zapelli vinha sendo o diferencial do Athletico

Tudo no seu tempo. Agora, foi a Copa do Brasil. Logo, será a Sul-Americana. E, assim, estrangulando a mensagem franciscana, o Athletico vai deixando mortas pelo caminho as suas prioridades no sagrado 2024, ano do seu centenário.

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Logo, vai restar aquela que maltrata, humilha e, se alcançada, não conforta: não ser rebaixado para a Segundona do Brasileirão.

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A Baixada foi transformada em teatro para a encenação de uma tragédia. O presidente Mario Celso Petraglia, por incapaz confesso no futebol e assumir a responsabilidade da formação de “um grande time”, é o criador, diretor, produtor e roteirista da história.  

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Na eliminação pelo Vasco, da Copa do Brasil, combinou o grandioso com o funesto. A torcida apaixonada despejando amor da arquibancada para mover o futebol medíocre do time de milhões de dólares.

Programou-se a morte pelos pênaltis como último ato, escalando o ator perfeito: Canobbio, que não tendo o fundamento de concluir ao gol, era certo que perderia o pênalti. Perder nos pênaltis é a forma de alimentar o povo com as ilusões que quebram a onda de indignação e ressentimento.

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Tudo isso poderia ser mais ameno, ou até ocorrer dentro da lógica do futebol, fosse Petraglia mais consciente dos seus limites para tratar dele. Mas, arrogante como é todo o senhor absoluto, contratou e mantém Martín Varini como treinador. 

Os fatos são inflexíveis, não podem ser contrariados. Por causa do uruguaio, o Athletico já foi eliminado por um sofrível Vasco, da Copa do Brasil, e está à beira da zona de rebaixamento no Brasileirão. O técnico de Petraglia está sendo o responsável direto.

O Furacão iria ganhar do Vasco no tempo de jogo. Jogava contra dez desde o final do primeiro tempo, tinha a bola, tinha o campo e tinha o elemento de diferença: Bruno Zapelli.  Mas, aí, aos 20 minutos do segundo tempo, Varini tirou Zapelli. Então, a diferença passou a ser apenas numérica, estabelecendo equilíbrio técnico.

Depois,  nos pênaltis, escalou Canobbio para bater, sabendo-se que não sabe concluir a gol.  Canobbio é uma espécie de “Belo Antônio”, como o “Antônio” de Marcelo Mastroianni no cinema: bonito, mas não funciona.     

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