Augusto Mafuz

Fora da Copa do Brasil, Athletico encena a tragédia petragliana

Por
Augusto Mafuz
12/09/2024 10:55 - Atualizado: 12/09/2024 11:51
Zapelli vinha sendo o diferencial do Athletico
Zapelli vinha sendo o diferencial do Athletico | Foto: IconSport

Tudo no seu tempo. Agora, foi a Copa do Brasil. Logo, será a Sul-Americana. E, assim, estrangulando a mensagem franciscana, o Athletico vai deixando mortas pelo caminho as suas prioridades no sagrado 2024, ano do seu centenário.

Logo, vai restar aquela que maltrata, humilha e, se alcançada, não conforta: não ser rebaixado para a Segundona do Brasileirão.

+ Siga o UmDois no Threads e no BlueSky

A Baixada foi transformada em teatro para a encenação de uma tragédia. O presidente Mario Celso Petraglia, por incapaz confesso no futebol e assumir a responsabilidade da formação de “um grande time”, é o criador, diretor, produtor e roteirista da história.  

Na eliminação pelo Vasco, da Copa do Brasil, combinou o grandioso com o funesto. A torcida apaixonada despejando amor da arquibancada para mover o futebol medíocre do time de milhões de dólares.

Programou-se a morte pelos pênaltis como último ato, escalando o ator perfeito: Canobbio, que não tendo o fundamento de concluir ao gol, era certo que perderia o pênalti. Perder nos pênaltis é a forma de alimentar o povo com as ilusões que quebram a onda de indignação e ressentimento.

+ Leia as colunas de Augusto Mafuz no UmDois

Tudo isso poderia ser mais ameno, ou até ocorrer dentro da lógica do futebol, fosse Petraglia mais consciente dos seus limites para tratar dele. Mas, arrogante como é todo o senhor absoluto, contratou e mantém Martín Varini como treinador. 

Os fatos são inflexíveis, não podem ser contrariados. Por causa do uruguaio, o Athletico já foi eliminado por um sofrível Vasco, da Copa do Brasil, e está à beira da zona de rebaixamento no Brasileirão. O técnico de Petraglia está sendo o responsável direto.

O Furacão iria ganhar do Vasco no tempo de jogo. Jogava contra dez desde o final do primeiro tempo, tinha a bola, tinha o campo e tinha o elemento de diferença: Bruno Zapelli.  Mas, aí, aos 20 minutos do segundo tempo, Varini tirou Zapelli. Então, a diferença passou a ser apenas numérica, estabelecendo equilíbrio técnico.

Depois,  nos pênaltis, escalou Canobbio para bater, sabendo-se que não sabe concluir a gol.  Canobbio é uma espécie de “Belo Antônio”, como o “Antônio” de Marcelo Mastroianni no cinema: bonito, mas não funciona.     

Veja também:
Mozart escala o Coritiba com surpresas contra o Remo
Mozart escala o Coritiba com surpresas contra o Remo
Libertadores: brasileiros lideram favoritismo ao título; veja as odds
Libertadores: brasileiros lideram favoritismo ao título; veja as odds
Jovem aumenta opções no ataque do Athletico e põe dúvida em Barbieri
Jovem aumenta opções no ataque do Athletico e põe dúvida em Barbieri
São Paulo rescinde contrato e cobra multa milionária de patrocinador do Athletico
São Paulo rescinde contrato e cobra multa milionária de patrocinador do Athletico

Augusto Mafuz é um dos comentaristas esportivos mais tradicionais de Curitiba, conhecido por sua cobertura do Athletico e outros times da capital. Nascido em Guarapuava em 11 de maio de 1949, Mafuz tem sido uma figura central no j...

twitter
+ Notícias sobre Augusto Mafuz
As coisas no Athletico continuam esquisitas. Agora, até a torcida erra
Augusto Mafuz

As coisas no Athletico continuam esquisitas. Agora, até a torcida erra

Bruno Henrique, ídolo do Flamengo, e quando ocorre “a ignorância pontual do ser humano"
Opinião

Bruno Henrique, ídolo do Flamengo, e quando ocorre “a ignorância pontual do ser humano"

O Athletico é um time ruim e Maurício Barbieri o tornou medíocre
Augusto Mafuz

O Athletico é um time ruim e Maurício Barbieri o tornou medíocre

Fora da Copa do Brasil, Athletico encena a tragéd...