O Athletico é um time ruim e Maurício Barbieri o tornou medíocre
Se o campeonato terminasse hoje, o Athletico continuaria como time de Segundona. Ocorre que o campeonato não terminou e tem, ainda, mais 35 jogos a serem jogados, dirão os atleticanos.
É exatamente aí que surge o grande problema: pensar que, com o tempo, tudo irá deslocar-se para o seu devido lugar. Assim foi pensado em 2024 e a consequência foi a mais triste, a mais humilhante e a mais onerosa possível, com a exclusão do Athletico do Brasileirão.
Se alguma atitude enérgica não for adotada imediatamente, os 35 jogos serão jogados, e no final, o Furacão corre sério risco de continuar na Segunda Divisão nacional.
Depois do fracasso no Estadual, se era necessário mais um indicativo de que as coisas estão no rumo errado, não é preciso mais: a derrota em Cuiabá (2x1) é a amostra definitiva. O Athletico de Cuiabá foi uma das suas piores versões nos últimos anos. E que não foram poucas.
Passados quatro meses desde que Maurício Barbieri assumiu, o Furacão não mostra nenhuma capacidade de organização. Desordenado, quando ganha, só o faz pelo casuísmo. Desordenado, quando precisa reagir a um resultado negativo, fica à deriva, sem resposta.
Em qualquer dessas situações, por falta de ordem, ganhando ou perdendo, escancara e amplia todas as suas limitações individuais. Não há um esquema definido, não há uma jogada originária na consciência de jogo, é tudo improvisado, virtude de bando.
Por não ter um treinador capaz, o time com Palacios, Dudu, Fernando, Raul, Luiz Fernando, Felipinho, torna-se ainda mais limitado. Desconjuntado, torna ainda mais antigos Giuliano, Kardec e Patrick, porque são obrigados a correr mais do que a idade permite.
Petraglia deve estar dominado por trauma no Athletico
O presidente Mario Celso Petraglia deve estar dominado pelo trauma do Athletico ser rebaixado por mudar cinco vezes o técnico. Daí ser resistente à ideia de trocar Barbieri. Só que o rebaixamento não foi causado quando Cuca fugiu. Foi quando Varini chegou e, depois, foi sucedido por Lucho.
Culpar o treinador é um clássico em tempos de frustração. Mas, no caso, não fazer um juízo de culpa de Barbieri é simplesmente concluir que ele não tem condições de dar o que dele se reclama: organizar um time limitado para que ele não seja medíocre, como está ocorrendo.
Petraglia que não se engane. Maior que o rebaixamento, será o trauma de não voltar ao Brasileirão.
Carneiro & Mafuz
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Augusto Mafuz é um dos comentaristas esportivos mais tradicionais de Curitiba, conhecido por sua cobertura do Athletico e outros times da capital. Nascido em Guarapuava em 11 de maio de 1949, Mafuz tem sido uma figura central no j...
