Precisamos falar do Athletico, o sétimo maior do Brasil. E de Petraglia, Adur e Fornea
Um ranking que se propõe a escolher os melhores em qualquer segmento pode adotar números dentro de um critério objetivo. A aparente ideia de ser aleatório em razão de uma escolha sem referência deixa de existir no momento em que o ranking obriga-se a valorá-los de acordo com o título a ser considerado para a soma. E, quando a análise alcança esse estágio, o número final da adição torna-se fato. E fato é inflexível, existe ou não.
Bem por isso, o ranking do portal UmDois Esportes que coleciona a situação de cada clube do futebol brasileiro nos últimos dez anos, torna-se irrepreensível em razão da sua conclusão final: a supremacia do Palmeiras, por qualquer critério que se adote, é incontestável. Sendo assim, a coerência obriga a ter como correta a colocação de cada um.
Mas, há alguns pontos no ranking que não permitem que a análise se esgote na lógica da matemática e na frieza dos números.
O caso do Athletico, em especial.
Os números que o remetem para o sétimo lugar são elementos objetivos. É sétimo pelo mesmo critério que o Palmeiras é o primeiro. Os números no futebol têm vida temporária em razão de que nada é definitivo. O mais importante nesse sobre o sétimo lugar está na causa que provocou os números.
Dos dez primeiros, foi o único que conquistou o seu lugar por uma progressão lógica, desde 1995, quando a sua Santíssima Trindade (Petraglia, Fornea e Adur) apareceu na Baixada, e com realizações imediatas deflagrou uma revolução no futebol.
Os números conquistados no campo foram apenas consequência do seu crescimento sustentável em patrimônio e nas execuções das ideias mais modernas de gerenciamento do futebol. E, aí, a partir de 2002, exalta-se Mario Celso Petráglia. Sem a estrutura que os atleticanos criaram, o Furacão poderia até ser o primeiro, mas seria uma situação disfarçada pelo casuísmo da bola.
É possível que no próximo ano, o Athletico já não esteja mais em sétimo lugar. Pode estar acima ou abaixo. Pode até estar em um lugar comum. Continuarei entendendo de que os números de campo, no caso concreto, são relevantes, mas não são superiores pela razão de eles terem surgidos.