Athletico não merece a Segundona. Mas, Mario Celso Petraglia, merece?
O Athletico é um ótimo resumo de vida. Contraditório, quando se pensa que estabilizou a sua grandeza nacional, por seus dirigentes profissionais, mostra o pior lado do amadorismo: sem o espirito de renúncia para medir a falta de capacidade na gestão do futebol, tornaram-se pródigos na gastança de mais de R$ 100 milhões para cumprir a promessa do “grande time”.
Sabe-se, agora, que foi a mentira mais cara da história do clube. O resultado está aí: no ano sagrado do seu centenário, obriga-se a vencer o Bragantino para não acabar na Segundona.
Andava pensando coisas horríveis. Uma delas é a de que Mario Celso Petraglia e Márcio Lara, a corda e o balde, mereciam uma Segundona.
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Seria uma lição ao desamor pela torcida, seria o preço justo a ser pago pelo regime de exceção, que permite tomar decisões que a falta de transparência de critérios, autoriza a concluir que não se conciliam com os interesses do Athletico.
Mas, já não posso mais pensar assim em relação a Mario Celso Petraglia, pelo fato novo que foi consolidado: desde o jogo contra o Cruzeiro, quando foi estabelecido o “Pacto”, esse ato improvável porque foi o desespero gerando uma ideia brilhante, a torcida do Athletico provou que cresceu tanto, que estrangulou o limite de 45 mil da capacidade da Baixada. Vejam só, por causa da ameaça da desgraça, a majestosa Baixada ficou pequena.
É prova de que ninguém, por mais presunçoso e autoritário que seja, é maior que o Furacão.