O Athletico e a saudável obrigação de vencer
Contra o Corinthians, em Itaquera, o Athletico joga o seu futuro nesse Brasileirão. Dito de forma direta, quer dizer o seguinte: joga com a obrigação de ganhar. É aí que surge o problema: para o Furacão ganhar longe da Baixada nesse campeonato é quase uma exceção, e para o Corinthians não perder em Itaquera, é regra.
Otimista, prefiro acreditar nas exceções mesmo que essas tenham no futebol a aparência do imponderável. Os três melhores jogos e vencidos pelo Athletico foram em Porto Alegre, contra o Inter (2x0) e Grêmio(2x1), e em Cariacica, contra o Flamengo (3x0).
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Para vencer, mudou o conceito de jogo. Humilde, sem a pretensão de querer jogar mais do que pode, protegeu-se atrás, no meio e dos lados. Nesses episódios, atacar foi uma eventualidade que deveria ser desde a perda de Vitor Roque, que esvaziou o setor ofensivo, e a de Christian, que desequilibrou o meio. A propósito, a demora da recuperação de Christian coloca em dúvida a capacidade do setor médico do Caju.
Ser otimista com base em exceções é ser um criador de ilusões. Mas, como escreveu Nelson Rodrigues, no tempo que o seu Fluminense vivia de ilusões: “O homem sem ilusão está morto”.