São Joseense ajoelhou-se para o Athletico. E rezou!
Na bela e rica São José dos Pinhais é uma antiga tradição: de cada dez sãojoseenses, seis torcem para o Athletico. E há quem afirme que pelo crescimento do Furacão, de dez que irão nascer, dez serão atleticanos.
Então, isso quer dizer o seguinte: o time do coração de São José eliminou o time sediado na cidade, o São Joseense, e jogará com o Maringá, uma das semifinais do Estadual. São as belas contradições do futebol.
O futebol é às vezes imprevisível. Mas, em regra, segue o roteiro escrito pela lógica. Quando há diferenças entre uns e outros não há risco em afirmar: ganha o melhor individualmente; ou então, o maior. No campo, o Furacão tornou essas diferenças extraordinárias. Ganhando de 5x2, em São José, e 4x0, na Baixada, provocou uma diferença de 7 gols nos números agregados. Se tivesse uma boa ordem de jogo e não tivesse o atrapalhado Cuello, a diferença seria real.
E se não bastasse, teve um benefício: o São Joseense é um time que tem como objetivo jogar futebol, criar uma escola para negociar. Diferente da maioria do interior, não buscar um improvável equilíbrio através da força e do jogo hostil.
Na goleada da Baixada, Vitor Roque fez mais dois gols, mostrando que o seu repertório, também, tem gols de cabeça, compensando a altura com a colocação na área. Essa é mais importante do que aquela, na medida em que origina-se do raciocínio e não do mecanismo do corpo. Belos gols de Vitor Bueno e Terans, em um jogo que Alex Santana foi o melhor. E assim, segue o baile.