Athletico não quis humilhar o Bahia. Só 2 a 0
Na Baixada, o Athletico apresentou-se com duas facetas. A principal, a que importa, teve muito do Furacão contra o Flamengo. Um jogo bem ordenado, com gosto pela bola, com pressão da linha de meio-campo, variando bola curta com bola longa, todas elas procurando Vitor Bueno e Vitor Bueno, e Khellven do lado direito. Tudo centrado no comando de Fernandinho e Vitor Bueno.
A sua superioridade era tanta que os gols de Vitor Roque (23’) e Erick (34’) aconteceram como um fato natural. Pronto, antes do final do primeiro tempo, o jogo já estava resolvido: 2x0. Dava pena do descaracterizado Bahia até na camisa.
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No segundo tempo, o Athletico mostrou a outra faceta. Continuou jogando como jogava, mas fazendo concessões que o Brasileirão não permite: perder gols. E não foi por falta de qualidade, porque quem os perdeu foi Vitor Roque e Christian por finalizarem com preciosismo. Vitor Roque tem direito de, às vezes, perder gols depois de resolver o jogo. Christian, não. É possível afirmar que foi de 2 a 0, mas bem que poderia, sem exagero, ser de quatro ou cinco.
A supremacia do Furacão era tamanha que a torcida passou a ficar mais curiosa para ver Arturo Vidal do que interessada em outros gols.
Então, o chileno se apresentou: esperando a bola nos pés, sempre em um espaço vazio, sem marcar, só tocava. Fazia de conta que jogava. E a torcida que acreditava. Enquanto isso, o jovem Esquivel provava que o rubro-negro de Wesley Carvalho tem de novo um lateral-esquerdo.
A faceta do Furacão no primeiro tempo é a definitiva com Wesley. Mas, em regra, nesse Brasileirão, a concessão de perder os gols que perdeu é fatal.
Fernandinho, outra vez, foi o melhor.