Athletico e os motivos para ter esperança: Fernandinho e o acaso
O pessimismo enfraquece, dizem os doutores. Então, sejamos otimistas: a matemática não autoriza, nem mesmo em imagem, o Athletico rebaixado no Brasileirão.
Mas esse fato não torna necessariamente o atleticano mais otimista. O fato de ser um apaixonado não ofende a sua consciência de saber os princípios elementares para o alcance de números.
É que tratando-se desse prometido “grande time” montado por Petraglia e Márcio Lara, a matemática perde a sua natureza de ciência exata. Qualquer equação por mais simples e lógica, esbarra nos limites técnico e tático do Furacão.
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Então, as hipóteses possíveis pela matemática, tornam-se hipóteses condicionais, que no futebol podem ter o significado de ilusão, desesperança, tristeza, mágoa. E, agora, sabe-se que no caso do Furacão, mentira.
A incapacidade técnica do time não só torna ilógica a matemática, como começa a acabar com a mística da torcida na Baixada. Não se tem notícia na história do clube, de uma conduta tão fiel e solidária da torcida atleticana com o time, como foi a contra o Vitória. E, no entanto, o fracasso (2x1) foi por ociosidade técnica.
Isso não é tese, mas, é o que expressou o estadista francês De Guale, “Sua Excelência, o fato”: matemática e esse time do Athletico, são primos distantes. É risco apostar em um encontro.
Não se trata de pessimismo, mas de realidade.
Estaria tudo perdido?
Há dois elementos que, ainda, podem intervir e salvar: Fernandinho e o acaso.
E a mensagem ilusória de uma canção de Bob Dylan: quando não se tem mais esperanças é que as coisas boas acontecem.