O Athletico iria ganhar do Estudiantes, mas o VAR era argentino
Baixada, Libertadores: Athletico 0x0 Estudiantes. Trancado pelo previsível jogo defensivo argentino, o Furacão teve subtraída a sua principal característica: a bola conquistada pela marcação e lançada para o ataque. Sem lançamentos, Cuello e Canobbio se esvaziaram.
Empurrado a fazer o que não sabe, que é jogar pelos lados em jogo curto em busca de espaço, foi raso. Pouco profundo, parecia indolente. Sem rebeldia como exige um jogo contra argentinos, era inseguro. Preocupado demais em não sofrer contra-ataques, esqueceu de atacar. Fernandinho era uma ilha no meio da falta de criatividade do time.
Até aos 25 minutos do segundo tempo, nada mudou. Com Terans sem rumo e, em especial, Pablo sem bola, perdeu quase todo o tempo do mundo. Só depois que torcida perdeu a paciência é que Felipão perdeu a sua com Terans e Pablo.
Com Alex Santana e Vitor Roque foi um outro Furacão. Depois com Léo Cittadini foi, ainda, melhor. Rebelde, brigador e criativo pelo lado de Khellven, passou a criar chances de gols. Gols foram perdidos por Pedro Henrique e Léo Cittadini. Gol foi marcado por Thiago Heleno, mas anulado pelo impedimento do cruzador Khellven. E, o tempo passou, o Athletico não marcou e, ainda, teve que sofrer no chute de Pellegrino contra Bento na última bola do jogo.
Tudo isso é uma verdade e seria absoluta para explicar o 0 a 0, se não fosse o fato mais relevante: aos 24 minutos de jogo, Khellven cruzou, Cuello cabeceou e Godoy impediu com o braço a passagem da bola. Pênalti de marcação imediata pelo árbitro.
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Mas, então, o VAR assumindo a condição de árbitro e transformando todos em campo em assistentes, insistiu na revisão. O árbitro venezuelano viu no vídeo o que vira a olho nu. Mas a insistência do VAR remeteu-o ao estado de dúvida. E na dúvida contra argentinos, a partir de agora, irá prevalecer o interesse argentino. É a única forma de enfrentar a supremacia brasileira técnica e financeira nessa Libertadores.
Fernandinho, outra vez, o melhor em campo.