O Athletico irá aclamar o último presidente da sua história: Petraglia
Por ser um clube movido por uma paixão sem freios, não é fácil visitar o passado do Athletico. Por serem todos os sentimentos atleticanos vulneráveis, é perigoso. Mas, às vezes, é preciso ter coragem e fazê-lo.
E não existe momento mais importante do que nesse dia 12 de dezembro de 2023. Seria só a continuidade de um ato que ocorre há 28 anos que é a eleição, agora, por aclamação para presidente de Mario Celso Petraglia.
O primeiro capítulo é do presente e do futuro. A história não é só o que passou, mas o que vive-se e irá passar. Ao contrário da aparência, essa eleição de 2023, não é por ser de rotina, um ato comum.
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Eis uma verdade: constituída a sociedade, será a última eleição para a presidência do Athletico. E, então, quando se escrever a história do quarto maior clube do Brasil (último ranking da CBF), Mario Celso Petraglia será conceituado como o maior e o último presidente.
E pela última declaração de Petraglia, constituído o Athletico S/A (negarei-me a tratá-lo como SAF por ser termo já desmoralizado), o poder de controle será transferido para o sócio majoritário, que será aquele que investirá milhões de reais no futebol.
Por mais moderna e diferente que seja a constituição dessa sociedade, o Athletico como instituição terá que fazer uma reforma em seus estatutos. Uma das consequências será a redução da importância do dirigente institucional, incluindo o presidente.
Haverá apenas um dirigente do Furacão e, talvez da Fundação CAP, desde que essa entre na composição da sociedade. A essência que são as controvérsias que provocam saudáveis debates e até crises entre os atleticanos deverão ser apenas passagens históricas. A escolha do dirigente institucional será simples ato protocolar.
Na minha visita ao passado do Furacão, passei pelos atleticanos que considero os maiores presidentes da sua história. Os fatos não contrariam nenhuma escolha. Volto na quarta feira.