O imediatismo pode salvar o Athletico
Entre as maldades que o imediatismo do futebol provoca, está a submissão de fatos passados. Nem que seja de um passado de ontem, como o gol histórico de Vitinho contra o Coritiba. O empate de 2 a 2 com o Maringá, na Baixada, pelo Estadual, não pode ser considerado para o bem ou para o mal como relevante. A propósito, foi um resultado justo de um bom jogo.
Mas, às vezes, o imediatismo perde o caráter de maldade, tornando-se saudável. É que o futebol, a partir da sua transformação como negócio esportivo, não se conforma com recordações, descartando a vitória que se conquistou e projetando a vitória que tem imediatamente que se conquistar.
O Athletico ganhou do Coritiba (2x1), empatou com o Maringá (2x2) e está classificado para seguir no Estadual. É próximo do nada para quem está obrigado a ganhar a única vaga dessa fase de grupos da Sul Americana.
Bem por isso, o uso alternado de times não é só interessante ao preparo especifico para a competição continental. É, também, importante, pelo aspecto psicológico, pois os jogadores não têm mais o ideal com a camisa. Para eles, o Athletico não é uma unidade, enquanto instituição. O que lhes interessa é o Furacão pelo qual irão jogar uma partida específica.
Nessas contradições do futebol, é melhor o jogador viver controlado e exigido pelo momento. Só assim, os atleticanos lá na Venezuela não poderão, se poderão, se sustentar com gol histórico de Vitinho e com vitória no Atletiba, que foram conquistados por “um outro” Athletico.
O Furacão que tanto prega pelo equilíbrio das relações esportivas, deveria intervir na narração do Furacão Live. Um trabalho tão perfeito pelo aspecto técnico, é estragado pela torcida do áudio. Os pênaltis contra o Athletico seriam confirmados se fossem revisados pelo VAR. A narração não é passional. É parcial, portanto, fora da ética de uma prestação de serviço séria a que se propõe o Athletico.