Athletico se prende à ilusão para tentar derrotar o River Plate
Na Baixada, pela Libertadores da América, Athletico e River Plate jogam nesta terça-feira (24).
Lembro que, bem lá atrás, o saudoso professor de futebol João Saldanha já ensinava: “Futebol não é onze contra onze. Futebol é onze para cada lado. Ganha o melhor”. A célebre lição foi baseada na lógica.
Então, adotando-a, em teoria, o River Plate, sendo o melhor time da América do Sul, deve ganhar o jogo contra o Athletico.
Poderia até lembrar do imortal Nelson Rodrigues, que escrevia com a alma. Diante de uma inevitável derrota do seu Fluminense para o Botafogo, em 1957, ele afirmou: “O Fluminense vai ganhar. O homem que não tiver ilusão está morto”. Resultado: Botafogo 6x2 Fluminense. No dia seguinte escreveu: “Pelo menos estou vivo, pois eu tive a ilusão da vitória”.
Qual a chance de o Athletico vencer o River Plate?
Ocorre que a ilusão, talvez, seja pequena ou não exista para o Furacão. A lógica se torna um fator absoluto com a notícia de que o time de Autuori está contaminado, o que lhe provoca a perda dos seus dois goleiros principais (Santos e Jandrei) e de Nikão.
Mas, e se de repente, com o jogo jogado aos trancos, uma bola sobra na entrada da área, Christian aparece de trás e vence o goleiro Armani?
Se o Athletico, que tem a capacidade de morrer e viver intensamente no mesmo dia, por que não ter uma ilusão?
Sob suspeita
No jogo contra o Guarani (16h30, na Vila), o Paraná deveria ter a consciência definitiva do objetivo que lhe resta nesta Segundona: olhando para trás, somar o máximo de pontos para não correr o risco de, nas últimas rodadas, lutar para não ir à Terceirona.
Pode parecer excesso, mas não é. Com Rogério Micale, como todo o time que por ele é dirigido, o Tricolor foi apanhado pela tendência da queda.
Não adianta sonhar com o impossível, que é a volta ao Brasileirão. Pode até retomar essa marcha, mas para isso, terá que romper a linha de queda.
Noitadas
Vestindo-me de repórter, procurei saber quem é esse Osman, que o Coritiba trouxe de Campinas. Me contaram que se trata até de um razoável atacante, mas que tem um problema: aos 27 anos parece que tem 54 anos de idade. É que vive de noite e de dia. Explica-se que, aos 27 anos, foi dispensado da Ponte Preta, sem carta de recomendação.
E, assim, Samir vai empurrando o Coxa para a Segundona