Athletico ganhava e jogava bem. Então, Turra…
Impondo a sua superioridade individual, o Athletico era brilhante no Mineirão contra o América-MG. Essa sua supremacia era tão ostensiva que, às vezes, parecia que não corria, andava. A representação desse fato era o placar de dois a zero com os gols de cabeça de Vitor Roque, aos 8 minutos de jogo, e Christian, aos 3 minutos do segundo tempo.
Mas antes do gol de Christian, no intervalo, algum fato deve ter ocorrido no vestiário. Não precisa ter doutorado em futebol para presumir que o treinador Paulo Turra interveio para o mal.
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Enquanto o bom treinador Vagner Mancini reduziu as limitações do fraco time mineiro, Paulo Turra neutralizou a qualidade do Furacão, amarrando-o em um sistema defensivo. Inexplicável a troca de Hugo Moura pelo limitado zagueiro Matheus Felipe.
Sem Moura, que dava proteção à zaga, o velho Wellington Paulista ganhou espaços para atacar. Sem Moura, Fernando, descoberto, não conteve Marcinho e Juninho pelo setor esquerdo da defesa. E não se troca ninguém para colocar Cuello. Nem que seja Canobbio, que voltara ao seu normal, fraco.
E assim, o América-MG, por ter um técnico, foi criando situações para equilibrar o jogo e o placar. Marcou de pênalti com Wellington Paulista, aos 31 minutos, e já com o domínio do jogo, empatou com Danilo Avelar, aos 52 minutos.
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A sorte acabou sendo generosa com o Furacão, quando, no último minuto, o América-MG, em contra-ataque, perdeu a chance do terceiro gol. Sem ignorar que como sempre acontece, o goleiro Bento foi o melhor do time.
Não adianta entrevistas chapa branca com Felipão. Oportunista nas vitórias, nunca analisa os fracassos da sua comissão técnica. Paulo Turra e/ou Felipão não têm a obrigação de fazer o Athletico ganhar todas as partidas. Mas não têm o direito de induzir a erro o excelente time como fez no Mineirão.