Athletico ganha do Grêmio. Vitória de Wesley Carvalho, o “estagiário”
Em Porto Alegre, contra o Grêmio, esperava-se um Athletico rústico, fechado, fracionando o jogo com marcação para não perder. E seria natural para um time sob pressão e com uma torcida pregando contra o treinador Wesley Carvalho, tratado como “estagiário”. Uma derrota iria provocar reações negativas no Furacão.
Mas, o Athletico que apareceu foi para jogar e ganhar. Reassumindo a sua natureza de grande, jogou absurdamente bem. Compacto no meio com Erick, Fernandinho, Vitor Bueno, Zapelli e Canobbio, remeteu o Grêmio para uma nuvem cinzenta.
Explica-se aí que sofrendo o gol casual de Lucas Besozzi, aos 7 minutos (1x0), não permitiu que dele fosse originadas consequências. Mantendo a autoridade tática e técnica, o Furacão empatou. Aos 38 minutos, depois de majestosa troca de passes curtos entre Pablo e Vitor Bueno, Zapelli chutou no canto direito de Grando e empatou (1x1).
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Na etapa final, o Athletico entrou em modo inteligente com Alex Santana no lugar de Erick. Certo de que o Grêmio buscaria uma situação de equilíbrio para vencer o bloqueio, introduziu à boa organização e à técnica, a cautela. Daí saíram Fernandinho, Vitor Bueno e depois Zapelli.
Com Hugo Moura e Rômulo, era natural que o Furacão sofresse a pressão gaúcha, como sofreu. Mas nada que o intimidasse para deixar de atacar. Então, aos 48 minutos, cobrando falta, Esquivel jogou a bola na cabeça de Kaike Rocha, um herói improvável, que fez 2x1.
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Entre todas as virtudes que o Furacão teve nessa vitória, a maior e mais surpreendente foi a superação. À certa altura, comandado nesse aspecto por Cuello e Canobbio, os rubro-negros deram a impressão de que “a camisa rubro-negra só se veste por amor”.