Fernandinho pode ser o “El Cid” salvando o Reino da Baixada
O Athletico joga contra o Cruzeiro, na Baixada. Embora esse jogo não resolva a sua vida matemática, pode influenciar para o bem ou para o mal o seu futuro dentro do Brasileirão.
A partir desse jogo é que o Furacão mostrará se tem ou não condições para salvar-se do rebaixamento. Mas, quem poderia comandá-lo em busca da salvação?
Para os espanhóis, só há um imortal: Rodrigo Díaz de Vivar. A sua história, narrada como lenda por suas conquistas militares, imortalizou-o como “El Cid Campeador”.
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Para os historiadores, “El Cid foi quem modelou a história da Península Ibérica”, em especial, após a conquista de Valência. O seu final, como história ou como lenda, continua exercendo até hoje um fascínio na memória coletiva espanhola. Era fonte da coragem de seus exércitos, e de terror dos inimigos.
Sendo fonte de coragem para o seu exército e de terror para os inimigos, com "El Cid" já morto, os mulçumanos quiseram invadir Valência. Então, a sua esposa Jemina mandou que a armadura fosse colocada no seu cadáver e este amarrado a um cavalo na frente do exército do Reino de Castela.
As tropas muçulmanas recuaram e foram embora. No cinema, Charlton Heston (El Cid) e Sophia Loren (Jemina) pingam óleo de beleza.
O que tem a ver “El Cid” com o Athletico?
Tem tudo a ver.
Depois que Fernandinho foi excluído por contusão, a já frágil estrutura tática que existia, desmoronou. Sem Fernandinho, o Athletico perdeu o líder, perdeu o craque, e perdeu a luz que iluminava os fracos para as vitórias.
A notícia é a de que Fernandinho estará no banco contra o Cruzeiro e pode até jogar por algum tempo.
Só a presença de Fernandinho no ambiente de campo e de vestiário terá consequência. Irá exercer uma influência cujos efeitos que, por menores que sejam, iram criar uma aura positiva, dispensando o pacto sinistro com a torcida, proposto pela infeliz ideia das redes sociais do Furacão. O meu sentimento é que está surgindo Fernandinho, o imortal.