Opinião

Athletico perde a Libertadores. Uma derrota de Felipão

Se o Athletico perdesse para o Flamengo a Libertadores pelo placar de 7 a 1 que se tornou metáfora de um fracasso no Brasil, por coincidência, comandado por Felipão, não seria tão traumático. Em tese, poderia ser uma humilhação, mas compreendida pelas diferenças técnicas de uns e de outros. A vitória do Flamengo estava no campo da lógica, era o mais provável.

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Ocorre que o Furacão perdeu de 1 a 0 sem se submeter à supremacia técnica de Santos, David Luiz, Thiago Maia,  Arrascaeta, Éverton Ribeiro, Gabigol, Pedro, Vidal e Cebolinha. Bem por isso, já afirmo: em condições normais (com onze), sendo superior ao Flamengo no primeiro tempo e resistindo na etapa final com dez jogadores, o Furacão não perdeu a Libertadores por ter um time tecnicamente inferior. Perdeu por outras coisas que passam diretamente pela conduta de Felipão, em Guayaquil.

Não sou de caçar bruxas.

Mas, pergunto: se Felipão tivesse remontado a defesa, de imediato, com a expulsão do comprometedor Pedro Henrique, a bola cruzada por Éverton iria passar por toda a área para Gabigol marcar o gol do título aos 45 minutos de jogo? É incompreensível enfrentar o Flamengo sem um zagueiro durante alguns minutos. Não foi coincidência que com a defesa recomposta com Matheus Felipe, o Athletico absorveu todas jogadas de ataque do Flamengo no segundo tempo.

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Se ao invés do fraco Vitor Bueno, Felipão tivesse escalado David Terans, a superioridade do Furacão na etapa inicial não teria resultado em gol, ou não teria induzido mais cautela ao Flamengo? Não se entende como uma atitude razoável  a de que Terans, indicado como um dos quatro melhores jogadores da Libertadores, tenha sido transformado em opção desprezível de Felipão. Não foi por coincidência que as chances do Athletico para empatar foram criadas por ele. Entrou,  só depois de Rômulo e Canobbio, com o jogo indo para o final.

Se Felipão escalou Hugo Moura, Fernandinho, Alex Santana e Vitor Bueno para marcar Everton Ribeiro, como explicar que o flamenguista tenha ficado livre para cruzar para Gabigol?

Nem se afirme que o Athletico alcançou a final da Libertadores por causa de Felipão. Por trás dele, teve um investimento de R$ 91 milhões. Por bem menos, Antônio Lopes chegou na final de 2005 com o São Paulo. E perdeu na “mão grande”.

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O maior título do Athletico continua sendo o Brasileirão de 2001 com Geninho.

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