Opinião

Athletico faz lógica mudar de lado. E ganha do Palmeiras: 2×0

Por
Augusto Mafuz
03/07/2022 03:15 - Atualizado: 04/10/2023 20:18
Athletico não deu espaço para os armadores do Palmeiras no meio-campo.
Athletico não deu espaço para os armadores do Palmeiras no meio-campo. | Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Pelo Brasileirão, no Allianz Parque: Palmeiras 0x2 Athletico.

Há algum exagero em afirmar que essa vitória do Furacão não contrariou a lógica? Como na vida, a lógica no futebol nada mais é do que um juízo que se torna possível por dedução, considerando os fatos antecedentes.

Se a aposta no Palmeiras era em razão da lógica, aconteceu o que os paulistas não esperavam: um Athletico foi tão brilhante, tática e tecnicamente, que mudou a lógica para o seu lado. Pelo seu jogo em geral brilhante, e em especial perfeito no primeiro tempo, a lógica seria contrariada se não ganhasse o jogo como ganhou.

E nem se diga que Felipão armou o time para jogar por uma bola. Ao contrário, o Athletico jogou por todas as bolas: na defesa, não de espaços para Dudu e Rony chegarem à sua área; no meio, com Hugo Moura e Erick, ganhou todas as bolas, esvaziando Scarpa e Veiga; e no ataque, com Canobbio, Vitor Roque e Rômulo, levou os palmeirenses à exaustão física e mental.

Pela lógica do jogo, o Athletico logo iria marcar. E marcou aos 35 minutos, em jogada típica da ordenação de Felipão: uma bola alta foi desviada por Rômulo para Vitor Roque vencer Weverton.

Palmeiras caiu na armadilha do Athletico

Pronto. A armadilha estava pronta para pegar o líder na etapa final. O Furacão se fez de dominado, atraindo o Palmeiras. Fechando todo o meio e a defesa, passou a lançar bolas para Rômulo e Vitor Roque. Aos 12 minutos, pela direita, Rômulo concluiu para o gol e Piquerez desviou com o braço direito. Pênalti, gol de Vitor Bueno.

E o que se viu até o final foi o Palmeiras no campo ofensivo, mas dominado pelo sistema atleticano. E passou a chutar e chutar. O que conseguiu foi para mostrar ao Brasil um dos futuros goleiros da seleção: Bento. Frio e calculista, com três defesas portentosas, levou os 40 mil palestrinos à loucura.

Mais do que alegria, os atleticanos devem ter sentido orgulho. Um Furacão supremo e autoritário provou que a lógica não é ingênua.

Não houve um grande destaque. O Athletico foi brilhante por inteiro.

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Augusto Mafuz é um dos comentaristas esportivos mais tradicionais de Curitiba, conhecido por sua cobertura do Athletico e outros times da capital. Nascido em Guarapuava em 11 de maio de 1949, Mafuz tem sido uma figura central no j...

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