Athletico em Guayaquil. Quando a ilusão pode ser mais forte
Há coisas que podem acontecer de várias maneiras, mas com o Athletico está acontecendo assim: se pela tradição já era tratado como um coadjuvante do Flamengo na final de Guayaquil, agora, em vertigem no Brasileirão, é tratado como um figurante.
Coadjuvante, às vezes, ganha o prêmio. Figurante recebe e é dispensado.
O que eu escrevo é o que os outros pensam e não o que sinto. É que o Athletico é um mistério, é um caso complicado de se entender.
Foi comovente a manifestação dos torcedores na Baixada e no Afonso Pena. Como se fossem pais perdoando os filhos, embalou os jogadores no final do jogo com o Palmeiras e na saída para Guayaquil.
Nos momentos de pânico, esse fervor do povo atleticano rastreia e descarta o que há de ruim, fazendo o Furacão se reconciliar com o espírito de nunca desistir.
Tudo isso seria uma ilusão? Nelson Rodrigues dizia que “o homem sem ilusão está morto”.
Tenho, ainda, algumas ilusões na vida. Uma delas viajou para Guayaquil.