Athletico eliminado da Copa do Brasil. Não há por que chorar
Uma conquista sobre o Flamengo nessa Copa do Brasil não tornaria o Furacão maior. Seria apenas mais uma ilustração forte da sua introdução entre os maiores do Brasil. Como a sua eliminação, mesmo com duas derrotas, não o torna menor.
A análise da eliminação do Athletico pelo Flamengo tem que passar necessariamente por um fato: a fuga de Felipão do comando de futebol, embora a médio prazo traga benefícios, de imediato obrigou o clube a proceder uma mudança radical no comando do time com Wesley Carvalho.
Não é fácil fazer desaparecer os vícios de um modelo envelhecido, que adotou durante um ano a marcação por zona, o chutão como lançamento e a bola jogada às cegas para dentro da área adversária.
E não é só: além de purificar o modelo de jogo, há a necessidade de executar uma proposta sadia, que é a marcação por zona, o jogo mais técnico no meio para ser ofensivo. O Athletico teve que fazer isso às pressas para jogar o Brasileirão, a Copa do Brasil e a Libertadores.
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Esse fato, que a análise razoável deve considerar, explica boa parte da eliminação do Furacão da Copa do Brasil. É quase impossível dar, às pressas, um perfeito equilíbrio para enfrentar o Flamengo em seu melhor momento de 2023, com Gerson, Éverton Ribeiro, Arrascaeta e Gabigol.
E, ainda assim, o Furacão, na Baixada, dominou o primeiro tempo, como fizera no Maracanã.
Vitor Roque teve duas chances de marcar e, na etapa final, só perdeu o controle do jogo em razão do gol contra de Erick, o primeiro dos cariocas. O segundo, o de Gabigol, foi consequência natural, em que o time perdia um jogo que precisava ganhar.
O que o presidente Mario Celso Petraglia precisa e com urgência decidir é se Wesley Carvalho deve ficar ou não como treinador.
Entendo que deve ser efetivado, desde que seja contratado um diretor técnico. Alexandre Mattos não é diretor de futebol, mas de negócios. Paulo Autuori seria uma solução imediata por ser da casa.