Athletico e quando o futebol exige grandeza
Noto uma sensação de tédio em boa parte dos atleticanos. O fracasso que eliminou o Athletico da Libertadores em favor do primário Bolivar, parece que acabou com o sonho definitivo desse 2023.
Não deve haver esse tédio. No futebol como na vida, por mais dolorosa que seja a perda, a vida deve seguir. E no caso do Athletico há um fato relevante: contra o Cuiabá, na Baixada, não irá começar tudo de novo. Isso é para os pequenos que vivem baseados nas ilusões e em celebridades. A eliminação de um torneio como a Libertadores, embora seja sentida, acaba fazendo parte do roteiro dos grandes. Para o Athletico não deve ser diferente. Um dia vai ganhar.
O que deve importar para os atleticanos é a auto sustentação que o clube alcançou, inclusive de fundo emocional. Absorvendo internamente os fracassos sem crise, sugere que a reação na temporada pode ser apenas uma consequência da sua grandeza.
O que é preciso saber é se a eliminação para o Bolívar despertou a compreensão de que há limites a serem atacados para a plena recuperação no Brasileiro. O principal deles é a insegurança de Wesley Carvalho.
Sob pressão do "empresário" Alexandre Mattos, que é o dono do seu cargo, o treinador mantém Vidal no meio. É fato que desde a entrada do chileno, o jogo do time ficou despedaçado. A defesa tornou-se ainda mais frágil, pois não há marcação e nem cobertura, o que sobrecarrega o meio-campo para o exercício de suas funções. Se Vitor Roque continua marcando é porque sendo dependente de uma ou duas bolas, no mínimo guarda uma. Se tem Vitor Bueno e Bruno Zapelli, não há porque ter Vidal.
Se o Furacão não ganhar do Cuiabá, a comissão técnica que não se surprenda com uma mensagem para mudanças vindas do Campo Comprido.