Opinião

Athletico e os fantasmas de São Januário

Vitor Roque, atacante do Athletico

Como metáfora da vida, o futebol vive em desconforto com números negativos. Desprezando-se as circunstâncias que provocaram esses números, esses são adotados para serem resumidos como tabu.

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O Athletico joga, no Rio de Janeiro, contra o Vasco. A referência para tratar sobre o jogo não está sendo a supremacia técnica do Furacão, nem mesmo o fato de ser sem torcida. O centro das teorias é o de que, em São Januário, o Athletico não ganhou em jogos oficiais.

Nada é por acaso. Em um jogo de futebol há fatos quase imperceptíveis que influenciam na vida dos times e que provocam a solução.

+ Confira a tabela completa do Athletico no Brasileirão

Não me lembro de todos os jogos que o Furacão jogou em São Januário. Mas, o paradigma a ser adotado deve ser a derrota por 1 a 0, no Brasileirão de 2004. O Athletico perdeu o jogo e perdeu o bicampeonato.

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E lembrem-se dos fatos: ganhando do Grêmio em Erechim por 3 a 0, em quinze minutos permitiu o empate, 3×3. Com abalo emocional, foi jogar em São Januário.

Pressionado por uma torcida violenta, o time se inibiu, e Washington “Coração Valente”, com uma ambição em excesso para ser o artilheiro do campeonato (e conseguiu), perdeu dois gols que resolveriam o jogo e o bi para o Furacão. Fernandinho era um meia e viu tudo do meio de campo.

Desta vez não haverá torcida, Eurico Miranda já foi embora, o Vasco está entre os últimos, e o Athletico tem Vitor Roque, cuja ambição pelo gol não passa da natureza de um fenômeno. Como se vê, não há nada para assustar.

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