Augusto Mafuz

Athletico e as suas derrotas. Ah, se um jogo fosse de 45 minutos!

Canobbio durante derrota do Athletico

O Athletico e o velho roteiro: como em outros jogos, agora em São Januário,  ganhava do Vasco por 1 a 0, jogando bem. Mas, daí, o seu treinador Varini começou a mudar, o time se desestruturou e sofreu a virada, perdendo, outra vez, por 2 a 1.

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Se o tempo de um jogo de futebol fosse de 45 minutos, o Athletico de Varini seria invencível. Ninguém joga como ele durante esse tempo. Ocorre que, desde 1872, quando os ingleses pensaram a regra universal para o futebol, o tempo de um jogo é de 90 minutos.

Por uma aritmética simples, se o tempo de um jogo fosse de 45 minutos, o Furacão estaria disputando o título do Brasileirão e já estaria classificado para a semifinal da Copa do Brasil.

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Então, os atleticanos que já não tem mais a quem culpar pela onda humilhante de fracassos, deveriam culpar os ingleses e protestar na International Footbal Association Board, em Glasgow,  para a mudança das regras.

Dirão que estou tratando com ironia um negócio sério. 

É verdade, há uma boa dose de ironia. Mas, entrem no espírito da análise e me respondam se há outra forma de tratar esse Athletico que anda envergonhando a maior torcida do Paraná. 

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E pergunto: não foi mais grave do que uma ironia, o ato do presidente Mario Celso Petraglia ao anunciar para ser reeleito, que por ter ganho de R$800 milhões para 2024, o Furacão formaria um grande time para o Centenário?

E então vieram Benítez, Gamarra, Léo Godoy, Di Yorio, Felipinho, Zé Vitor, Gabriel e Nikão, renovou-se com Pablo, Erick e Thiago Heleno, permaneceram Cuello e Madson e, ainda, manteve-se 8 meses sem um diretor de futebol e foi incapaz de domesticar o espírito do treinador Cuca.

Às vezes, a ironia é saudável. Mas a mentira para induzir uma torcida a erro é maldosa por trazer consequências a todos, que só não atinge o seu autor.

Já está sendo despertado em mim o sentimento de pena pelo treinador Varini. Ele tem os seus desencantos próprios da juventude para um cargo que exige experiência. Mas, qualquer análise profunda sobre o Athletico irá concluir que ele é mais uma vítima como foram Osorio, Cuca e Juca.

E, como será qualquer outro porque o projeto definitivo do Athletico não tem espírito esportivo,  mas espírito comercial. 

Para Petraglia e os seus lugares tenentes o que interessa é o balanço de abril de cada ano. Quando se perde, em especial, no caso do Athletico, a torcida quer mudar o treinador. Só que diante dos estragos que Petraglia anda fazendo no futebol do clube, agora, não fazer nada é o mais inteligente. É que com certeza irá piorar ainda mais.

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