Athletico começa a limpar o ranço de Felipão e Turra
Com Wesley Carvalho ou qualquer outro treinador, o Athletico tem uma missão ingrata e imediata: limpar o ranço deixado pelas ideias de Felipão que Turra executava. Não será fácil, concordo. Mas terá que ser assim, e a torcida terá que ter o mínimo de compreensão.
Viciado pela velhice da marcação individual que o fez perder a Libertadores, voltou a marcar por zona; a bola longa em forma de chutão voltou a ser curta em forma de passe e lançamento; a maneira de trombada para chegar ao gol adversário, voltou a ser a ter a racionalidade das passagens do jogador e da bola pelos lados, o que conduz a um jogo como um time e não como um bando.
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Não perdeu para o São Paulo, no Morumbi (2x1), porque jogou mal. Ao contrário, superior aos paulistas, fez um primeiro tempo brilhante. E se não decidiu o jogo nesse período foi porque Cuello atrapalhou tudo o que de bom se construiu.
E se perdeu o jogo nos dois momentos de indecisão da defesa, foi porque sete dias são muito pouco para destruir o mal que Felipão e Turra fizeram em um ano.
Tudo absolutamente natural quando se trata de restaurar os estragos de Felipão. O 7x1 do Mineirão no dia 8 de julho fará dez anos. E o Brasil de Felipão até hoje não se recuperou do maior vexame da história, que o destruiu técnica, tática e moralmente. E ninguém consegue restaurá-lo.
O que o Athletico precisa é decidir se Wesley Carvalho continuará no comando técnico ou se virá outro. Cuca, de preferência.