O casuísmo de Turra e Felipão classifica o Athletico
Como se fosse uma previsão bíblica, estava escrito e assim se fez: superando a falta de capacidade de seu treinador Paulo Turra, o Athletico, outra vez, avança na Copa do Brasil por obra exclusiva dos seus jogadores.
No Nilton Santos, com alma e superação física, perdendo de 1 a 0 desde o início do jogo, conseguiu evitar o segundo gol do Botafogo. Sem chutar uma única bola ao gol carioca, conduziu a decisão para os pênaltis. E ganhou-a nas cobranças e, em especial, na excelência das duas defesas desse extraordinário goleiro Bento.
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Bem resumido é o seguinte: no jogo jogado, o Athletico não chutou uma única bola contra o goleiro carioca. O jogo rubro-negro como ordem ditada pelo comando foi inexistente. Se a paixão não fosse maior do que a vergonha, o seu torcedor estaria até constrangido para comemorar essa classificação.
E a escola de Felipão, da qual Turra é o seu aluno menos incapaz, ensina que o futuro do futebol é hoje, não existindo o amanhã. Por adotar o princípio de que joga-se um jogo de cada vez, não precisa de um plano tático que equilibre as funções de defesa, meio e ataque.
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Esse princípio na pratica é assim: defende-se a qualquer custo com concentração de jogadores atrás e com faltas, para sair com "chutões" à espera de uma bola para tentar o gol. É a ordem fundamentada no raciocínio enganador que nós analistas mortais denominamos de casuísmo.