O Athletico está caindo e não acontece nada. Já há conformismo?
Uma velha notícia: no Brasileirão, o Athletico voltou a perder. Agora, no Morumbi, para o São Paulo: 2 x 1. Uma outra notícia que já vai ficando velha: o Athletico continua na zona de rebaixamento. Agora, em antepenúltimo lugar entre os 20 times da Série A.
Há um princípio na vida que explica bem essa derrota. A superação é uma virtude de exceção. Em um jogo de futebol, o sujeito pode ir além das sua força física e emocional. No entanto, há um momento que para não perder, precisa do mínimo de qualidade e inteligência.
Explicam-se, então, que os seus melhores momentos foram com Zapelli em campo. E essas virtudes, à exceção de Mycael, Zapelli, Julimar e João Cruz, o Furacão não tem. É um time mecânico para pensar e grosso para jogar. Fatos negativos provocam sentimentos negativos.
Fernandinho poderia jogar, mas os “cientistas” do Caju preferiram deixá-lo treinando em Curitiba.
Nikão poderia e tinha que jogar, mas o dinheiro para a multa foi reservado por Márcio Lara para pagar Di Yorio e o seu empresário.
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Então, este foi o sentimento que os dirigentes provocaram, de que a derrota no Morumbi já estava lançada na conta. Quer dizer: os dirigentes do Furacão são realistas para as coisas negativas, talvez conscientes da incapacidade de cada um. O Athletico superou-se, não há dúvida.
Lucho organizou o Athletico defensivamente. Não foi o suficiente
Bem ordenado por Lucho González, com Gamarra e Lucas Belezi na zaga, encheu o meio campo com Erick (Zapelli), Felipinho, Praxedes (Gabriel), João Cruz e Julimar. Superando-se, tornou o São Paulo um time neutro, sem sofrer pressão.
Estava tão bem organizado que, na etapa final, após sofrer o gol de Luciano, imediatamente empatou com Julimar em bola vinda de escanteio por Zapelli. E perdeu, porque o tal zagueiro Marcos Victor, outra criação de Márcio Lara, ao invés de antecipar se a André Silva, quis combater por trás. Daí, o gol da vitória paulista.
Agora, o Furacão vai fazer o jogo mais importante do ano: na Baixada, contra o Atletico Mineiro, que é o jogo do asterisco, jogo atrasado.
Se a esperança de combater os fracassos que o empurram para baixo é esse jogo contra o Galo, então o Athletico chega em um encruzilhada: ou ganha para depender apenas de si, ou vai começar o projeto da Segundona.
Será que eu tenho razão? Pouco importa. É melhor ser feliz do que ter razão (Ferreira Gullar).