Athletico tem “cabeça” para recuperar a memória deixada por Cuca?
O Athletico vai jogar em Itaquera, contra o Corinthians, e não pode perder. Como não pode perder para o Fluminense, no Maracanã. E como terá que ganhar do Cruzeiro, na Baixada.
E como depois, terá que continuar jogando sem o direito de perder. Só assim, não será rebaixado para a Segundona.
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No futebol, embora continue sendo uma ciência que busca definir possibilidades, torna-se complexo. É que é dependente de vários fatores: a qualidade do jogador, uma razoável ordem tática, e às vezes, o acaso.
No Athletico, neste Brasileirão, o bom futebol e a matemática são primos distantes. Às vezes, a impressão é que nunca irão se encontrar.
Para ter o mínimo de otimismo, resolvi ouvir, outra vez, a entrevista de Paulo Autuori. Destaquei algumas opiniões do contexto e sobrou duas: para não perder e voltar a ganhar, o Furacão terá que devolver aos jogadores a melhor memória deste ano. E a única boa memória que adquiriram foi a criada por Cuca. Naquele período, mesmo nos empates (Flamengo, Botafogo e Corinthians), que provocaram a crise, o time foi brilhante.
Mas, a mais importante, foi quando Autuori justificou a contratação de Lucho González. “Eu gosto de treinador novo. Por isso, quando Mano Menezes foi para o Inter, eu falei para o presidente que o clube não precisava mais da minha orientação”.
Dessa razão exposta por Autuori, tem-se a certeza de que ele finalmente vai intervir. Consciente de que a inexperiência e a falta de conhecimento pleno de Lucho só serão compensados com conselhos, deve estar auxiliando o treinador na formação e ordem para o jogo com o Corinthians.
A dúvida é se Canobbio, Cuello, Kaique Rocha, Madson, Erick, Di Yorio, Mastriani e Zapelli têm “cabeça” para recuperar a boa memória.