Opinião

Após eliminação, Bento fica como consolo ao Athletico

Por
Augusto Mafuz
02/12/2020 01:41 - Atualizado: 29/09/2023 23:07
Após eliminação, Bento fica como consolo ao Athletico
| Foto: Albari Rosa/Foto Digital/UmDois Esportes/UmDois Esportes

Pela Libertadores, em Buenos Aires, River Plate 1x0 Athletico.

O Furacão não sobreviveu à crise técnica por falta de sensatez ao entregar a reformulação do time aos interesses de Paulo André, e não sobreviveu à crise sanitária, que provoca vítimas em massa.

Colocado para morrer em Avellaneda, o Furacão, já convencido de seus limites, morreu. Mas, não se entregou fácil ao carrasco, não se submetendo gratuitamente ao poder dos “Millonários”.

Virado ao avesso, e remendado às pressas por esse grandioso Paulo Autuori, ameaçou na maior parte do tempo a lógica que pregava a vitória do River: na Baixada foi brilhante (1 a 1) e, em Avellaneda, perdeu (1 a 0) depois de fazer um primeiro tempo igual. E só perdeu o equilíbrio depois que Lucho González e Walter saíram, por terem alcançado a exaustão.

E, de qualquer maneira, não seria um jogo normal, pois o Furacão jogou sem goleiro reserva, correndo o risco de transformar o menino Bento em um “El Cid”, pois seria obrigado a jogar até “morto”.

A exaltação à conduta do Athletico não se limita ao elogio, mas carrega um conteúdo de crítica à omissão do senhorio aos erros de Paulo André, tudo antes da pandemia (fato relevante) ao custo de milhões, na “reformulação” do time.

É muito simples afirmar que perdeu para o River Plate. Mas, diferente da Recopa, desta vez não se preparou sequer para perder, tornando a derrota um fato anunciado.

Embora no futebol não exista consolo, mesmo eliminado o Athletico ganhou um conforto: em Bento, ganhou um goleiro para os próximos 15 anos. Não foi o mesmo da Baixada, embora tenha sido espetacular. Em Avellaneda, foi muito mais: divino, praticou defesas que se fosse Santos, seriam milagres. E o jovem Christian está consolidado. Escolhe camisa no meio.

Eliminado “com méritos” da Libertadores e da Copa do Brasil, restou ao Furacão um objetivo: livrar-se da Segundona. E, depois, dar a Autuori os mesmos milhões que deu a Paulo André para “reformular” o time com Marquinhos Gabriel, Abner, Aguilar, Carlos Eduardo, Ravanelli, Geuvânio, Canesin, Alvarado, etc.

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Augusto Mafuz é um dos comentaristas esportivos mais tradicionais de Curitiba, conhecido por sua cobertura do Athletico e outros times da capital. Nascido em Guarapuava em 11 de maio de 1949, Mafuz tem sido uma figura central no j...

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