Os adversários que o Athletico precisa vencer
No Nilton Santos e sob pressão, o Athletico joga o seu futuro na Copa do Brasil. Não se trata da pressão do jogo em si, que bem pode ser absorvida pela qualidade do time. Seria a pressão que exercem os fracassos que se incorporaram na rotina do time nos três últimos jogos. Mas, talvez, nem mesmo essa pressão de fundo emocional não exista. Explico.
A impressão é que não há cobrança interna no Athletico. Na ausência do presidente Mario Celso Petraglia, sem um diretor que represente o ideal do clube, as coisas ficam para serem resolvidas por Luiz Felipe Scolari. Marcio Lara, que faz expediente no Caju, não é tratado como diretor por ter sido profissionalizado ganhando um salário maior do que ganham alguns jogadores.
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E Felipão é fato notório, com a sua personalidade paterna, sempre entendeu que a solução para enfrentar um período de derrotas é ser terno, carinhoso. E como não pode contar com o treinador Paulo Turra, o Furacão fica nas mãos, nos pés e na alma dos jogadores. É a grande esperança.
Sempre que dependeu só dos jogadores para dar uma solução de um jogo como em Assunção, na Baixada e em Porto Alegre, o Athletico saiu-se vitorioso. Quando o bom jogador sente que seu orgulho próprio está ferido, ele busca vencer pela superação, se necessária. Como escreveu o imortal Ernest Hemingway no seu “O Velho e o Mar”, “a coragem é a dignidade sob pressão”.
Desconfio que dá para apostar na classificação do Furacão.