Athletico 4 x 0 Cuiabá. Estaria nascendo o Furacão III?
Em 1949, surgiu o Furacão da geração de Jackson, Cireno, Biazetto e Caju, sob o comando de Motorzinho, que de tão nobre tornou-se a identidade definitiva do Athletico. Foi o Furacão I.
Avançando, a história bate em 2001, quando a geração de Flávio “Pantera”, Kleberson, Adriano “Gabiru” e Alex Mineiro, comandada por Geninho, deu ao Athletico o maior título da sua história. E, então, surgiu, o Furacão II.
Esse Athletico de 2024 anda arrasador. Ganhou o Estadual, vem goleando na Sul-Americana e na estreia do Brasileirão, contra um invicto (20 jogos) Cuiabá, goleou por 4 a 0, na Baixada.
Sempre ganhando, nas últimas quatro partidas, marcou 14 gols e sofreu apenas um. É líder e quase classificado no seu grupo na Sul-Americana, e na primeira a tábua do Brasileirão aparece, também, na liderança.
Pergunto: com Cuca no comando, e a geração de Bento, Thiago Heleno, Fernandinho, Canobbio e Pablo, estaria nascendo o Furacão III?
É cedo ainda, mas “sonhei que estava sonhando e que no meu sonho havia um outro sonho esculpido”, como diz o poema “Sonho de um sonho”, de Carlos Drummond de Andrade.
Não me lembro qual foi a última vez em que o Furacão jogou tão bem ordenado e com uma técnica tão bela, que estava recuperando a vida da lógica no futebol.
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Assim, em um piscar de olhos, Pablo, Canobbio e Leo Godoy fizeram três a zero, a partir da supremacia do futebol de Fernaninho. Para quem viu o Athletico bater cabeça em 2023, ver esse Athletico de Cuca emociona.
No segundo tempo, o Furacão trocou a beleza técnica pela inteligência tática. Sem precisar desgatar-se, organizou-se para frustrar qualquer reação do Cuiabá. E, ainda, marcar o quarto gol com Mastriani, de cabeça.
Um show de bola. Fernandinho, está fora de concurso. Estão, escolho Leo Godoy como o melhor da tarde na Baixada.