Argentina x França. Em Copa do Mundo não há zebra
O futebol vive mais de acontecimentos previsíveis do que de causalidades. Essa Copa do Mundo no Catar é como qualquer outra: não há exceção para quem não seja o melhor. E o melhor sempre coincide com a tradição, que é aquele quem já foi campeão ou criou durante um tempo a tendência para ser campeão. Isso é acontecimento previsível. As surpresas, como foi a Bélgica, na Rússia (2018) e, agora o Marrocos, resistem no máximo até as semifinais. Isso é causalidade. Eis a grande verdade: não há zebra em Copa do Mundo.
O jogo entre Argentina e França que decidirá a Copa do Catar é o peso dessa história. Os dois querem o tricampeonato.
De um lado, os argentinos: outra vez rebeldes, outra vez unidos, transformando a busca do título em uma causa nacional e outra vez comandados por um predestinado, Lionel Messi. Do outro lado, os franceses: todos unidos pela causa francesa seja esportiva ou de orgulho nacional.
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Mas, talvez, a causa principal seja ideológica Hernández (Espanha), Varane (Martinica), Mbappé (Camarões e Argélia), Dembélé (Mali), Tchouaméni (Camarões), mesmo que seja no inconsciente, querem provar o bem que os imigrantes fazem à França. Sem eles, não haveria o título na Rússia. E sem eles, não haveria a França nessa final do Catar.