António Oliveira não dá rumo ao Coritiba. Cascavel: 3×1
Um fato, às vezes, não é o que parece. O que aparenta ser ruim pode ser pior. O Coritiba de António Oliveira pode ser tomado como exemplo. No começo era um time em formação, desculpava-se.
Passados dois meses, continua tão atordoado que corre o risco de ser eliminado do Estadual. O seu jogo nessa derrota em Cascavel (3x1) descarta a desculpa do tempo. E, mais grave, não autoriza que uma análise razoável não passe pelo trabalho de António Oliveira.
Não se trata da derrota como resultado, mas da derrota em razão do jogo. Como naquela para o Operário (3x0), nessa em Cascavel, o time não mostrou nenhum indicativo de que está no rumo certo.
A começar pela falta de atenção que explica o gol sofrido aos 2’ marcado por Lucas Coelho. Mas é quando se exige o mínimo de projeto de jogo e organização é que o Coritiba prova de que há dúvidas se irá tê-los com António Oliveira.
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Bastou submeter-se ao bem organizado time do Cascavel para escancarar que, se há uma proposta de jogo, ainda, ela não existe no mundo real.
Nem mesmo o gol de empate marcado por Robson, aos 5’ da etapa final, foi capaz de trazer a serenidade e a organização para um time que tem dois meses de vida.
Por parecer impossível em se se organizar, o Coritiba voltou a ser dominado. Sofreu o segundo gol por Robinho aos 17’ e, o terceiro, por Lucas Coelho, aos 33’.
Em fato inusitado, houve quem de verde e branco protestasse pelo tempo extra de 10’. De fato, o Coritiba tinha tudo para sofrer o quarto gol. É que o excelente goleiro Gabriel exercia o direito de falhar.
O Couto Pereira e a torcida podem evitar a humilhação da desclassificação. Já o fizeram muitas vezes. Mas, domingo, precisarão que o time jogue. Há dúvidas de que António Oliveira consiga fazê-lo jogar em uma semana. Além do que a fração festiva de Alef Manga está dominando o ambiente.