Quem é o goleiro André Luiz? Pergunte aos coxas
Faça uma visita ao passado e pesquise a história. Provoque a memória para acordar lembranças adormecidas. Não irá se encontrar que na história do Couto Pereira alguma passagem que conte ter goleiro jogado o que André Luiz, do Cascavel, jogou nesse empate de 0 a 0, que excluiu o Coritiba do Estadual.
Quem não viu o jogo, provoque a imaginação. Imagine uma defesa no canto direito ou no canto esquerdo, ao pé da trave, lugar em que a mão do goleiro é incapaz de chegar. André Luiz fez. Imagine uma defesa no ângulo direito ou no ângulo esquerdo, onde só cabe a bola ou a mão do goleiro. André Luiz fez.
Para não cansar a memória, imagine qualquer defesa com o grau máximo de dificuldade. André Luiz fez.
Agora, vá conheça um milagre. Veja nas imagens da televisão a defesa que André Luiz fez no final do jogo. O chute de Bruno Gomes que imprimiu a bola o máximo de velocidade, passou pela barreira de humanos e foi para o canto esquerdo baixo. De repente, André Luiz, com a visão coberta, em um palmo de campo, manobrou o corpo e caiu no canto direito para defender. O notável narrador Napoleão de Almeida resumiu bem: uma defesa que provoca lembrança de Gordon Banks, o maior goleiro da história do futebol.
A torcida gritou contra o time. E com razão. É fraco. A torcida gritou contra o técnico Antonio Oliveira. E com razão. É fraco, vaidoso e provoca a instabilidade emocional no time. A torcida gritou contra a diretoria. E com razão. É um bando de amadores.
A eliminação do Coritiba, que era esperada, é uma outra questão. Mas nem o maior Coritiba de todos os tempos ganharia este jogo do Cascavel. E, ainda mais, com diferença de dois gols. André Luiz foi o consolo perfeito para o fracasso coxa.