Opinião

Com o bico do Águia, precisamos falar sobre os coxas

Jogadores comemoram gol do Águia de Marabá.

Certa vez, em 2008, vindo da Baixada, depois da eliminação do Athletico da Copa do Brasil pelo Corinthians-AL, perguntei-me: qual a explicação razoável para esse fracasso?

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Depois de pensar, conclui que a única explicação era a falta de respeito à profissão e ao clube. No rádio, após o jogo, ainda tive que ouvir o técnico Ney Franco e o zagueiro Danilo justificarem o fracasso como “coisas do futebol”.

Lembrei desse fato, vendo o Coritiba ter sido eliminado do torneio pelo Águia de Marabá-PA. Perdeu por 3 a 2 da pior forma possível que um time pode perder, que é pela falta de superação, a única forma de enfrentar as suas limitações. Embora não se possa ignorar os erros do treinador Guto Ferreira, nada justifica a submissão voluntária dos jogadores aos “semiamadores” do Águia.

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A forma desse fracasso do Coritiba pode ser adotado como tese para um dos problemas que está corroendo o futebol brasileiro. É a falta de responsabilidade profissional da maioria dos jogadores. O que ocorre é uma indiferença aos valores dos clubes, como a torcida criada por alegria e tristeza, e a história escrita pelo ideal.

Tratando-se de sociedade anônima, como é o Coritiba, o caso torna-se mais grave, pois a consciência profissional parece entender que a pretensão patronal é só financeira e não esportiva. É quando a consciência se deforma e se transforma em irresponsabilidade. O acionista não deixa de ter interesse no sucesso desportivo só porque não tem ligação nativa com a associação.

A falta de responsabilidade profissional dos jogadores no futebol brasileiro é um grande problema que as sociedades anônimas enfrentam e que terão que superar.

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