A perda da Libertadores e o desânimo de Petraglia no Athletico
Fosse eu repórter perguntaria ao presidente Mario Celso Petraglia: a decepção pela perda da Libertadores de 2022 foi maior que a esperança que tinha do Athletico ganhá-la?
Willian Bigode é a razão para a dúvida.
Próximo de R$100 milhões, sem considerar o ônus dos contratos de trabalho, imagem, intermediação e luvas, o Athletico nunca investiu tanto em contratações na sua história. E para comandar trouxe Luiz Felipe Scolari e a sua equipe.
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Se mais tarde algumas escolhas tornaram-se equivocadas, é uma outra questão. O essencial é que só foram feitas depois de análises e estudos de executivos.
O Athletico não investiu para 2023. E a opção de Willian Bigode revela a sua indisposição de investir. Em época de esperança, Willian não viria. Os poucos que chegaram são apenas secundários. A permanência do grupo antigo, e que não custa barato, foi o limite.
Teimo em acreditar que a decepção de Petraglia foi tão grande pela perda da Libertadores, e ainda mais da forma como ocorreu, que desanimou.
O lucro que o Athletico terá no negócio futuro de Vitor Roque será para equilibrar as contas provocadas por um título perdido, do pagamento dos terrenos desapropriados para a construção da Baixada e mais a parcela inicial (R$50 milhões) do acordo tripartide.
O dirigente que não ficasse desanimado e continuasse a investir em jogador em busca de título, seria irresponsável. Resta saber se a geração Arena da Baixada cresceu com o espírito de compreensão.