A moeda no Athletico é o euro. Nos outros é ilusão?
Ando um pouco perdido com as coisas que acontecem no futebol. Daí, peço auxilio ao assinante para tratar da seguinte questão: o futebol brasileiro está vivendo em um mundo real gastando em euros?
Passo o Flamengo por se tratar de um clube atípico, porque tudo o que lhe diz respeito vale dez vezes mais do que todos os outros. Só com De la Cruz e Viña vai gastar R$600 milhões em indenização por direitos, luvas, salários e outros encargos. O Flamengo, às vezes, delira.
Adotemos o nosso Athletico como referência. É um clube rico, não por ter sobra de dinheiro, mas por ter uma estrutura e uma administração responsável.
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Na sua primeira fornada de 2024, trouxe os paraguaios Mateo Gamarra e Romeo Benitez, o argentino Léo Godoy e o uruguaio Mastriani.
Somados valores de indenização por direitos de transferência, luvas, intermediação, salários e encargos até o final dos contratos, o total não será menor do que R$100 milhões.
E não se tratam de jogadores já bem formados. Gamarra e Benitez são jovens e precisam se aprumar. Léo Godoy e Mastriani, sem um cadastro brilhante e já batendo nos trinta anos, chegaram para consumo imediato tornando remoto um negócio futuro.
Todos os jogadores, digamos, devem ser recebidos sem o otimismo próprio quando trata-se da espera de um grande grande jogador. O mercado do futebol brasileiro elouqueceu em adotar o euro como moeda corrente, ou nós inocentes é que perdemos a noção do valor do dinheiro?