A inércia de Hélio Cury e da Justiça deve ser denunciada
Por ser um velho integrante do sistema desmoralizado do futebol brasileiro, Hélio Cury, presidente da Federação Paranaense de Futebol, transfere o caso da falsificação dos exames de Covid-19 pelo Cascavel CR para a responsabilidade para o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR).
Esse manipulado pela entidade, não obstante ter prova suficiente da falsificação, podendo adotar uma medida no mínimo de natureza cautelar e suspender os efeitos dos jogos do Cascavel CR, devolve para a entidade dizendo se tratar de ato administrativo.
Os dois, entidade e tribunal, a cada dia sujam mais as mãos. De tão sujas pela inércia, em um dado momento, não haverá nenhum componente químico que as limpe.
O laboratório afirma que os exames foram falsificados. Por esse fato, o técnico pede demissão e alguns jogadores exigiram rescisão do contrato de trabalho. O delegado Luiz Carlos de Oliveira, extraindo fortes indícios de crime praticados pelos dirigentes do Cascavel CR, formalizou a abertura de investigação.
O que se tem aqui é uma omissão de Hélio Cury, da Procuradoria e dos auditores, que diante da tamanha gravidade do fato, podem agir de ofício.
Outro fato que provoca revolta é o de que nenhum outro clube que disputa o torneio se manifestou, provocando dúvidas, se alguns deles, também, praticou esse crime. Aliás, bem analisado o caso, já há causa para a diretoria da Federação Paranaense de Futebol ser investigada por crime de omissão e, Hélio Cury, ser denunciado, inclusive, no Tribunal da CBF.