A “bolha” da FPF: água que alagou jogo do Coritiba é a cara de Hélio Cury
Será que quando escolheu Arapongas, como a sede da “bolha” para jogar algumas partidas do Estadual, o presidente da Federação Paranaense de Futebol, Hélio Cury, sabia das condições do Estádio dos Pássaros?
Presumo que não. É que por mais reduzida que seja a sua visão de fazer um campeonato com o mínimo de garantias, deveria ter constatado que lá não há sequer um sistema primitivo de drenagem para absorver a água da chuva, e não há um sistema de iluminação artificial.
Será que Hélio Cury sabe o que é chuva? Presumo que, em razão de sua visão tosca, não acredita que esse é o fenômeno natural mais bem previsto pelos sistemas de meteorologia. Como se pode marcar jogo em um “gramado” que não tenha um sistema de drenagem?
O fato: o Coritiba ganhava do Cascavel CR (1x0) em Arapongas. Então, diria João Guimarães Rosa, “do céu cinzento caiu chuva de água e de vento”. E, aquele que a Federação e alguns clubes conceituam como sendo um gramado, não suportou o volume da água e tudo foi coberto: os buracos, as touceiras, o que se supõe ser grama, talvez as cobras escondidas, foram afogados.
Daí uma cena no intervalo, que resumiu tudo: funcionárias do estádio, entraram, obedecendo ordens da Federação Paranaense de Futebol (a locatária do estádio), para tirar a água com vassouras e baldes. Não conseguiram. É que a água parecia um espelho que refletia a cara do presidente da Federação Paranaense de Futebol.
O segundo tempo, a pedido dos clubes, se não chover, deve terminar domingo pela manhã. Será (ou deve) ser assim, porque à tarde, no mesmo local, a “bolha” receberá Rio Branco x Maringá.
A Rede Massa, que adquiriu os direitos de transmissão do Estadual, deveria exigir que a Federação Paranaense marque os jogos em um estádio que tenha as condições mínimas para se jogar. Se não tiver, que suspenda o campeonato.