Uma semana de gênios da bola


Pelé (23), Garrincha (28, no quadro ao lado do filho sueco) e Maradona (30): três craques e poucos dias entre os aniversários nos dias de gênios da bola

Vou fazer um empréstimo de Harold Bloom, o crítico literário mais conhecido do mundo, e instituir o Cânone da Bola. Nele estão os grandes atletas e treinadores da história, que fizeram grandes contribuições para a história do esporte e deixaram menos rude o que o chavão chama de “rude esporte bretão”.

continua após a publicidade

A semana que começou no último domingo (23) e acabou hoje (30) nos deu ao mundo alguns dos mais importantes integrantes desta lista dos canonizados do futebol. São aqueles a que torcedores prestam referência até hoje.

No dia 23 de outubro, dia da Aviação e do Aviador, aqueles que operam a invenção de Santos Dumont, veio o mundo, em 1940, o cara que é quase certamente o brasileiro mais reconhecido fora do Brasil: Pelé. Ao denominar “Rei do Futebol”, já temos a noção da grandeza do jogador que atuou do final dos anos 50 aos anos 70 por Santos, Cosmos e pela seleção brasileira. Pelé abriu a semana dos gênios e também inaugurou uma dinastia de camisas 10. Todo camisa 10 brasileiro tem um tributo a pagar para Pelé. Curiosamente, Pelé, ícone brasileiro, faz aniversário com um ícone argentino da cultura: o roqueiro Charly García (nascido em 1951). Aqui temos um pouco do argentino: http://www.youtube.com/watch?v=sArDRGzBAmE.

No dia 28 de outubro, dia Internacional do Animador, nasceu, em 1933, o homem que animava a todos com seus dribles sensacionais: Mané Garrincha, outro integrante do cânone da bola. Garrincha atuou entre os final dos anos 40 e o começo dos anos 70. Se Pelé é o melhor jogador da história, o genial Mané Garrincha é o maior artista da história do futebol. Pena que o arredio ponta morreu antes de completar 50 anos, vencido pela bebida. No dia de Mané, vieram ao mundo Nelson Cavaquinho (1910) e a bela Julia Roberts (1967) [tá… ela não entra na categoria de gênero, mas temos de lembrar que o futebol do Mané era poesia e mulher bonita é algo que inspira, né?], entre outros.

continua após a publicidade

E finalmente, no dia 30 de outubro, no ano de 1960, veio ao mundo Diego Armando Maradona. Outro ícone do futebol. O baixinho e canhoto argentino fez furor como jogador entre o final dos anos 70 e a metade dos anos 90. Igual a Pelé, ele virou o grande ícone esportivo de uma nação. De similar a Garrincha, uma vida tumultuada. Maradona quase chegou à morte precoce de modo parecido a Garrincha e esteve por um fio, primeiro por causa da cocaína e depois por causa do álcool. Sobreviveu e virou treinador da Argentina na Copa de 2010, chegando a roubar a cena. No dia de Dieguito, vieram ao mundo o escritor russo Fíodor Dostoievski (1821), ícone cultural russo, e o italiano Giuseppe Farina (1906), primeiro campeão da Fórmula 1.

Para muitos, estes três craques são os maiores de todos os tempos e aniversariam num espaço de apenas 7 dias. Por mais que seja coincidência, eu sei de pelo menos um técnico que teria receio de escalar os craques: Raymond Domenech, dono de estranha aversão a escorpianos como Pelé, Garrincha e Maradona são [Sim, o técnico francês deixou de escalar escorpianos por conta de sua crença exagerada no horóscopo, mesmo. A França patinou para chegar à final de 2006, pois ele preteriu Robert Pires (29 de outubro) por Sylvain Wiltord, que era reserva de Pires no Arsenal]. Então, cada um com seus problemas e parabéns a estes três membros do restrito Cânone da Bola.

continua após a publicidade
Exit mobile version