Uma boa idéia, mas…

Era uma questão de tempo Onaireves Moura aparecer com um projeto de estádio para a Copa de 2014. Justamente no dia em que ele teria de explicar a ainda mal explicada não vinda de Ricardo Teixeira ao Paraná, o presidente da Federação disse a quem quisesse ouvir que tem um parceiro estrangeiro disposto a investir US$ 50 milhões na construção de uma arena esportiva, desde que ela seja usada para o Mundial e, não obrigatoriamente, erguida onde hoje padece o Pinheirão.

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Confesso que a idéia de erguer um novo estádio me atrai. O que era moderno em 99, quando a Arena foi inaugurada, já não é hoje em dia. E o Caldeirão ainda tem problemas que o próprio Atlético admite, embora espere solucioná-los até o fim de 2008. Couto Pereira e Vila, então, só serviriam para a Copa se fossem demolidos e reconstruídos. Sem falar que a área total do Pinheirão é gigantesca, ideal para atender à demanda de estacionamento, espaço para caminhões de tevê e tudo mais que um Mundial exige.

O problema é como esse projeto irá se desenrolar na prática. Você, caro internauta, confiaria numa obra de US$ 50 milhões passando pelas mãos da Federação? Com base em todas as trapalhadas históricas da entidade – passando pela incompetência em concluir e zelar pelo Pinheirão, chegando à incapacidade de montar uma tabela lógica -, eu também não confiaria.

Por sinal, estou me mordendo de curiosidade de saber quem é o tal investidor citado pelo Moura. Gostaria de saber quem é o empresário (ou grupo empresarial) e perguntar o que faz ele confiar na Federação para um projeto desta envergadura. Talvez ele conheça virtudes da nossa cartolagem que não conhecemos, tenha argumentos inquestionáveis que não nos deixarão outra alternativa senão dizer: “Pois é, ele está certo”.

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Mas por enquanto a idéia de ver um novo estádio surgir na Victor Ferreira do Amaral me desperta mais calafrios do que o sentimento de esperança.

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