Todos estão surdos


Romário e Eurico: contagem regressiva.

Até a semana passada todo mundo que escrevia ou falava sobre o milésimo gol do Romário fazia uma ressalva: nas contas do Baixinho. Agora, com a iminência da marca cabalística, liberou geral. Os mil gols viraram fato, mesmo que os fatos desmintam o tal número.

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Antes de seguir, cabe um parêntese importante. Sou fã do Romário, o melhor atacante que eu vi jogar, vibrei como um louco com os gols dele em 94, senti que perderíamos a Copa de 98 quando ele foi cortado e acho que o Baixinho merece todas as homenagens possíveis no seu último ano da carreira. Agora, querer que eu engula com farinha essa conta mandrake já é demais, peixe.

Na contabilidade de Romário tem gols de jogos que nem mesmo os clubes que ele defendeu registraram em seus arquivos. Sem falar na discutível inclusão de tentos como amador. A bagunça é tanta que abre brecha para o surgimento de gols bastardos, como os dois identificados pelo Globo Esporte.com na semana passada: um em uma partida beneficente, outro numa decisão de juniores. Romário ignorou os gols, que fechariam a sua conta de mil sem que ele soubesse.

Justamente por toda essa confusão, acharei graça de o gol sair domingo, 1.º de abril, no clássico com o Botafogo. Uma mentirinha que Romário poderia deixar de fora do seu glorioso currículo.

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