Strike atleticano

Em um só ato, apenas um gesto, uma ação digna das manobras mais edificantes da cartolagem, o Atlético conseguiu um strike – o gol do boliche.

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O clube, através de Mario Celso Petraglia, abateu numa paulada só a estabilidade e paciência de Vilson Ribeiro de Andrade, presidente do Coritiba; a retórica de “grande mediador” de Hélio Cury, mandatário da Federação, além de jogar dois degraus abaixo do meio fio a estima paranista.

Nos casos do Coxa e da Federação há pouco a acrescentar. O assunto ainda rende, mas basicamente – como a Justiça Desportiva determinou – houve “abuso de poder” da entidade sobre o patrimônio do clube. E ponto final. Sem o blá-blá-blá de Copa.

Mas a situação tricolor ficou à margem, apesar de ser a mais humilhante.

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A Vila Capanema chegou a ser vistoriada como “reserva técnica” do Campeonato Estadual. Tudo indicava que os rubro-negros iriam jogar lá durante o exílio forçado para as obras na Arena. Mas o Furacão, com alguns motivos questionáveis, rejeitou a tradicional praça esportiva.

A principal alegação dos atleticanos – avalizada por Cury – é a incapacidade do Durival Brito para alojar os sócios-torcedores do Furacão. É verdade, porém… No ano passado, durante 11 jogos como mandante no Joaquim Américo, a equipe levou uma média de público de 10.587 torcedores – número que, com jeitinho, ficaria acomodado no acanhado estádio da Engenheiros Rebouças.

A situação do Paraná fica ainda pior por um motivo banal: sua diretoria age como uma dama da noite nas esquinas, oferecendo seu patrimônio. É um ato dramático para conseguir algum dinheiro enquanto amarga o ostracismo do calendário.

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No fim das contas, tudo indica, por enquanto, a Vila será o destino do Atlético. Usará o imóvel com aquele olhar “é o que temos”. Aos paranistas sobrou mais essa vergonha. Não pelo possível empréstimo, algo digno e civilizado, mas pela forma como os pinos caíram.

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