Simpatia contra a altitude

Em 2002, fui a La Paz fazer Bolívar x Atlético, pela Libertadores. Para driblar os efeitos da altitude, tomei um comprimido ainda em Santa Cruz de la Sierra e passei incólume pelos 3.600 metros que separam a capital boliviana do nível do mar. O único momento de apuro foi quando resolvi dar um pique no corredor do hotel só para ver no que dava. Péssima idéia.

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No dia 10, o Paraná enfrenta o Real, em Potosí. Os comprimidinhos mágicos receitados por um médico conhecido do jornalista Edson Militão, nosso grande parceiro e amigo, não poderão ser usados pelo Tricolor, sob risco de o time inteiro cair no antidoping. O jeito, então, é escolher “caminhos alternativos”, que têm dado ar de comédia à necessária preocupação paranista.

Primeiro, o clube cogitou ir de táxi de Sucre a Potosí. Desistiu após descobrir, via Unión Maracaibo, que os “coches” bolivianos conseguem ser mais precários que os “buses”.

Nesta quarta-feira, um integrante do fórum Paranautas trouxe à luz outra solução “tiro-e-queda”. A irmã do paranauta, que acabou de voltar de Potosí, disse que os nativos respiram formigueiros com canudos. O ácido fórmico liberado pelas formigas amenizaria os efeitos da altitude.

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Por fim, a Placar deste mês mostra mais uma “solução milagrosa” que vem sendo colocada em prática pelo clube, com aval do departamento médico: consumir uva. A fruta aumentaria as taxas de hemoglobina, responsável por levar oxigênio do sangue às células.

Apesar de aprovar a medida, nem mesmo o médico Mohty Domit Filho vê fundamentação científica confiável na prática: “As comadres falam que a uva ajuda a formar o sangue, e quando elas falam, tem algum fundo de verdade”, explicou.

E você, conhece alguma fórmula infalível para superar os efeitos da altitude? Conte pra gente.

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