Protesto contra Hélio Cury teve mais seguranças do que torcedores
Com mais de 400 pessoas confirmando presença, o ato de protesto contra a gestão Hélio Cury, nesta sexta-feira (24), em frente à sede da Federação Paranaense de Futebol, foi um fracasso. O grupo se revoltou com a intervenção do cartola no Atletiba de domingo, na Arena, quando este impediu a realização do jogo.
Apenas seis manifestantes, com máscaras em faixas contra Cury, estiveram no local. Até mesmo a entidade esportiva foi surpreendida com o número pífio de participantes, pois contratou alguns seguranças para garantir a ordem no local.
De acordo com Leonardo Garcia Dias, um dos idealizadores da ação para incomodar o gestor da FPF, o ‘susto foi dado’, mas reconhece que a adesão ficou devendo.
“É a tal coisa, o cara confirma no Facebook e não aparece. De fato, não tivemos quórum”, conta. “Por causa dos seguranças, fizemos o ato pacífico do outro lado da rua. Tinha uns oito protegendo a FPF”.
Em mobilização nas redes sociais, o grupo arrecadou cerca de R$ 600 para confeccionar faixas, máscaras e cartazes. “O dia não ajudou também, sexta, véspera de carnaval…”, lamentou Dias, que refuta ter tido qualquer suporte dos clubes, especialmente do Atlético, seu time do coração. “Foi uma iniciativa da piazada. Não queríamos parecer que houve alguém bancando o protesto”.
O material contra Hélio Cury agora espera consulta ao Atlético para ser usado no Atletiba de quarta-feira. O grupo insurgente acha que as manifestações na Arena podem acarretar em punições ao Atlético, mandante da partida.
Para os mais desinformados, Atlético e Coritiba iriam passar o clássico de domingo na web e contrataram profissionais para tal transmissão. A equipe, no entanto, estava sem credenciamento de imprensa.
O árbitro assim não autorizou o início da partida, exigindo a retirada deles – com o aval de Cury, pois existe tal exigência no regulamento. Representantes dos clubes, não aceitaram. Não houve bom senso. E não teve jogo.